Um dos motivos mais comuns de reprovação de crédito junto à Caixa Econômica Federal é a falta de comprovação de renda ou o envio dos documentos de forma incorreta. E quando isso acontece, o cliente muitas vezes precisa procurar outro banco com juros menos atrativos ou adiar o sonho da casa própria.
Para o corretor de imóveis, essa é uma situação frustrante, já que a venda pode ser perdida simplesmente por falta de orientação sobre como comprovar a renda corretamente.
Por isso, é fundamental que o cliente saiba quais documentos apresentar e como demonstrar sua capacidade de pagamento dentro das regras exigidas pela Caixa.
Além disso, vale lembrar que a Caixa é o principal agente financeiro de programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida e o Pró-Cotista, além de oferecer linhas de crédito específicas, como aquisição de terreno e construção, construção em terreno próprio e imóveis adjudicados. Em muitos desses casos, o financiamento só pode ser feito com a própria instituição.
Por que a comprovação de renda é tão importante?
A comprovação de renda permite que o banco avalie a capacidade de pagamento do comprador e determine o valor máximo que ele pode financiar.
Com base nesses dados, a Caixa garante que as parcelas não comprometam mais do que 30% da renda mensal do cliente, evitando inadimplência e mantendo o equilíbrio financeiro do mutuário.
Como comprovar renda para financiar um imóvel pela Caixa
A forma de comprovação varia de acordo com o tipo de vínculo profissional do comprador.
Confira os principais documentos aceitos:
1. Para assalariados
- Holerites ou contracheques (últimos três meses);
- Carteira de Trabalho (CTPS) com páginas de identificação e contrato ativo;
- Extrato do FGTS, quando aplicável.
2. Para autônomos e profissionais liberais
- Declaração de Imposto de Renda (IRPF) com recibo de entrega;
- Extratos bancários dos últimos seis meses, mostrando a movimentação financeira;
- Recibos ou notas fiscais de prestação de serviços;
- DECORE (Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos) emitida por um contador registrado no CRC.
3. Para empresários
- Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Pessoa Física;
- Pró-labore e balanço patrimonial da empresa;
- Extratos bancários empresariais e contratos sociais atualizados.
Dicas para facilitar a comprovação de renda
- Mantenha toda a documentação em dia: guarde comprovantes, recibos e extratos atualizados.
- Evite movimentações confusas em contas conjuntas: os depósitos devem estar claramente identificados como rendimentos pessoais.
- Formalize seus ganhos: sempre que possível, use contratos e notas fiscais. Pagamentos “por fora” ou em dinheiro dificultam a comprovação de renda.
E quem tem renda informal, pode financiar pela Caixa?
Sim! Embora o processo seja mais detalhado, é possível comprovar renda informal e conseguir financiamento imobiliário.
A renda informal é aquela que não vem de um emprego com carteira assinada, mas de atividades autônomas, serviços prestados, pequenos negócios ou “bicos”.
Veja algumas formas de comprovar renda informal aceitas pela Caixa:
- Extratos bancários com movimentação regular nos últimos seis meses;
- Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF);
- DASN-SIMEI, no caso de quem é Microempreendedor Individual (MEI);
- Notas fiscais de serviços emitidas;
- Contratos de locação, prestação de serviço ou estágio;
- Comprovantes de recebimento de benefícios (pensão, auxílio, etc.);
- Declaração de rendimentos feita por contador (DECORE).
💡 Dica: se você trabalha por conta própria, formalizar-se como MEI facilita muito a comprovação de renda e o acesso a crédito com melhores condições.
Como aumentar as chances de aprovação do financiamento
- Mantenha um bom histórico de crédito: pagar contas em dia e não ter restrições no CPF é essencial.
- Tenha uma conta bancária ativa: movimentações regulares ajudam a comprovar sua renda e estabilidade financeira.
- Guarde comprovantes por pelo menos seis meses: isso vale para extratos, recibos, notas fiscais e contratos.
- Faça uma poupança para a entrada: além de diminuir o valor financiado, demonstra disciplina financeira ao banco.
- Busque orientação profissional: um contador pode ajudar na emissão de documentos e no planejamento financeiro.
- Inclua um co-devedor ou fiador: pode aumentar suas chances de aprovação, principalmente se a renda formal for limitada.
Programas habitacionais e renda informal
Nos programas do governo, como o Minha Casa, Minha Vida, a comprovação de renda tende a ser mais flexível.
A Caixa pode aceitar, por exemplo:
- Extratos bancários dos últimos seis meses;
- Contas de consumo (água, luz, telefone);
- Comprovantes de pagamento de plano de saúde ou escola;
- Declarações do Imposto de Renda.
Essas informações ajudam o banco a entender seu padrão de gastos e sua real capacidade de pagamento.
Cuidados ao financiar um imóvel
Antes de assumir o compromisso, é essencial avaliar:
- Se o valor da parcela cabe no seu orçamento;
- Se sua renda é estável o suficiente para os próximos anos;
- Se há uma reserva financeira para emergências.
O financiamento imobiliário é um compromisso de longo prazo, e o planejamento evita que o sonho da casa própria se transforme em uma preocupação financeira.
Comprovar renda é uma etapa decisiva para financiar um imóvel pela Caixa, mas não precisa ser um obstáculo. Com organização, transparência e orientação adequada, é possível reunir toda a documentação necessária e aumentar significativamente as chances de aprovação do crédito.
Seja você assalariado, autônomo ou profissional liberal, o importante é mostrar à instituição financeira que tem capacidade de pagamento e responsabilidade financeira.
E lembre-se: o corretor de imóveis tem papel essencial nesse processo, ajudando o cliente a se preparar e evitando que a compra do imóvel seja adiada por falta de informação.
Fonte : Publicidade Imobiliária